O primeiro Windows Phone a chegar oficialmente ao Brasil é, também, um dos melhores smartphones do mercado. O HTC Ultimate é a referência atual como modelo mais avançado de Windows Phone à venda, e frequentemente é posto à prova em comparativos contra os cultuados Samsung Galaxy S II e iPhone 4S. Entenda o porquê no nosso review.
Design
O design no HTC Ultimate é simplório e moderno, com uma cor cinza 'urbana' e objetivo bem definido: a tela é o principal componente. De frente, não há nenhum outro elemento que faça competição a ele. A câmera frontal de 1.3 megapixels é discreta, e os botões de interação (voltar, home e busca) são integrados a própria tela, no touchscreen.
Uma entrada microUSB na lateral esquerda tem uso compartilhado, tanto para alimentação quanto para comunicação com o PC. Na direita, há um discreto botão para controlar o volume do toque, de músicas e dos vídeos. Mais abaixo, um pequeno botão dedicado à câmera dá acesso rápido à função, mesmo quando o telefone estiver bloqueado (basta pressioná-lo por três segundos para ativar a câmera, e pressionar mais uma vez para tirar a foto).
Falando em câmera, ela tem 8 megapixels e lente grande angular de 28 mm, com flash duplo à LED. Ela foi colocada em uma posição horizontalmente centralizada na traseira do telefone, que, apesar de interferir positivamente no design do telefone, não se mostra muito prático. O problema é que por estar ali, frequentemente você deixará seus dedos na frente das lentes.
O plástico que protege toda a extensão não sensível ao toque da tela do Ultimate é bem resistente e rígida, e dificilmente decepcionará em sua função de manter a integridade do aparelho após alguma queda acidental. E, diferentemente do que estamos acostumados a ver em outros aparelhos, ao removê-la para colocar o chip SIM ou a bateria, a peça inteira sai. A impressão que se tem é que você está retirando a tela do telefone, deixando parte dos componentes internos expostos.
Desta carcaça, há também um destalhe curioso: em três pontos há contatos duplos, sendo dois deles localizados em um local 'destacável' deste plástico. Não se sabe se eles são usados para transmissão de energia ou comunicação, mas pode haver um chip de NFC instalado ali, ainda inativo.
Tela
As 4.7 polegadas de tela Super LCD do HTC Ultimate distigue este smartphone dos outros. Ao mesmo tempo em que se ganha uma tela gigante e ótima para trabalhar, escrever textos, jogar e navegar na internet, você tem também uma tela pequena o suficiente para não achar que está com, na verdade, um tablet. Vai no bolso, na bolsa, nas mãos. Mas é o limite, acho.
O brilho, a nitidez e o contraste da tela se mostram completamente funcionais até sob o sol intenso em uma praia, e o ângulo de visualização dele é ótimo. Você não terá problemas para mostrar fotos e vídeos aos seus amigos. Aliado à linha visual do próprio Windows Phone 7, também, dificilmente você ficará incomodado com a falta ou o excesso de brilho. Nesse ponto, ele simplesmente funciona.
Na resolução, o Windows Phone tem por padrão seus 480x800. O sistema fica bonito, os apps ficam bonitos, as páginas de internet ficam bonitas,... mas durante a visualização de algum vídeo ou durante algum jogo, às vezes nota-se um gráfico um pouco esticado. Isso, obviamente, não é problema do telefone, e futuras atualizações do Windows Phone podem acabar com esta impressão.
Sobre a resistência física, a HTC não usou a tecnologia Gorilla Glass, mas a confiança, neste ponto, é tanta que, durante o evento de apresentação do Ultimate no Brasil, um representante o deixou cair no chão duas vezes. Zero arranhão, nada trincado, e o telefone funcionava como se nada tivesse acontecido.
A única questão a ser apontada como um problema da tela é, justamente, o seu tamanho. Suas 4.7 polegadas parecem um exagero para as mãos, e se você não tiver mãos grandes, terá que conviver com o receio de achar que o telefone escorregará enquanto o opera com apenas uma mão. Não chega a ser um defeito. Pode ser apenas falta de costume. Se você quiser comprá-lo, arrume um jeito de pegar nele antes, só para você não ter dúvidas.
Desempenho
O processador de 1.5 Ghz do HTC Ultimate dá conta do sistema e de suas tarefas e aplicativos, sem soluços. Isso é o importante. Muitas pessoas torcem o nariz ao comprar um telefone com este valor, diante de concorrentes dual-core de mesmo preço. A questão, no entanto, é que o sistema é muito mais leve e fluido, e não há motivo para 'exigir' um dual-core. Ainda.
Um dos pontos que fortalecem essa ideia é a comparação do "multitarefa", entre o Windows Phone, o Android e o iOS (iPhone). No Android e no iOS, a transição entre aplicativos abertos é lenta e, muitas vezes, exige a reinicialização do app (mesmo que ele volte ao ponto que você deixou). No Windows Phone, o multitarefa realmente impressiona. A transição é muito mais rápida que na de outros sistemas, e o telefone consegue manter um jogo aberto enquanto você escuta música e, ocasionalmente, sai do jogo para ver e-mails e navega na internet.
No dia-a-dia, percebe-se que o sistema é bem estável, e o hardware do HTC Ultimate ajuda nesse quesito. Os aplicativos funcionam harmoniosamente ao telefone, e muitas vezes criam novos tipos de interação - graças a nova versão do Windows Phone (Mango). Um exemplo disso são os apps de fotografia, que podem tanto ser acessados pelo menu, quanto pelo agrupamento criado automaticamente em "Fotos". Além disso, dependendo da aplicação, sua função será associada diretamente ao menu de contexto do app nativo da câmera, como se sua função fosse nativa.
O único problema que encontramos durante os testes foi a demora na navegação ativa, durante alguns carregamentos de páginas no Internet Explorer, ou na obtenção de dados na internet via apps (como no Facebook e no Twitter). Passivamente, no entanto, como quando você acessa algum contato da sua agenda, é notável a rapidez do sistema ao atualizar o status do Facebook desta pessoa (uma propriedade do WP7). Com isso, não é possível dizer se este é um problema específico da rede 3G, ou se é um problema de gerencia de conexões do sistema. No Wi-Fi, a velocidade é ótima.
Câmera
Você pode até não gostar do sistema, do tamanho da tela ou do preço do telefone, mas dificilmente você terá o que reclamar da câmera de 8 megapixels do HTC Ultimate. A câmera é tão boa quanto às oferecidas pela Nokia em seus smartphones top de linha. O resultado, em todos os testes, inclusive em ambientes de baixa luminosidade, sempre será de fotos (e vídeo) com boas cores, ótima nitidez e fidelidade. O flash duplo à LED do aparelho é ótimo, e também não há o que reclamar. Em condições extremas, pode até surgir um ruído ou outro.
Com a câmera do HTC Ultimate você pode aposentar qualquer câmera compacta, e há duas boas razões para isso. Primeiro, a tela de 4.7 polegadas, perfeita para a exibição das fotos. Segundo, a rapidez para tirar fotos. Com o telefone bloqueado, em standby, basta apertar o botão da câmera por três segundos para ativá-la e começar a tirar fotos. Sequencialmente ela também é bem rápida, com um movimento do dedo, da esquerda para a direita, você pode ver um preview das fotos salvas.
O foco das fotos funciona no mesmo esquema do iPhone: basta apontar com o dedo na tela o objeto que você quer usar como referência. O flash, os efeitos e demais configurações podem ser facilmente habilitados no botão de engrenagem, discretamente localizado no canto inferior direito.
Bateria
O desempenho geral da bateria foi surpreendente. Em standby, me surpreendi ao notá-lo ainda ligado depois de dois dias, com a bateria um pouco abaixo da metade. No dia-a-dia, usando o HTC Ultimate de forma bem ativa, tuitando, navegando e tirando fotos o dia inteiro, ele durou cerca de 15 horas. Os resultados são mais do que satisfatórios, principalmente se comparado a smartphones de outros sistemas.
Especificações técnicas
Você pode conferir a tabela no site oficial.
Via: Techtudo
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