Hackintosh é o termo carinhoso que se dá a um PC convencional que roda o sistema operacional da Apple, o
Mac OS X. A palavra é origem da junção de Hack mais Macintosh.
A prática já foi bastante complexa e hoje é mais simples e está no limite da legalidade, na área cinza onde fica difícil discernir o que é errado e o que é certo. Isso, claro, levando-se em conta que a cópia do Mac OS X seja legítima. Aos olhos da Apple, no entanto, isso é totalmente ilegal. A empresa, por sua vez, nunca dará suporte a um sistema Mac adaptado em PC.
Isso porque a Apple vende seu sistema operacional pareado com o hardware, numa dobradinha que está implícita profundamente a visão de mercado, senão mesmo, a filosofia da empresa.
A ideia é que ao ser responsável por hardware e software, a fabricante é mais capaz de produzir um equipamento perfeitamente preparado para as exigências dos usuários.
Por que Hackintosh?
O primeiro hackintosh provavelmente surgiu com um curioso que resolveu instalar o sistema da Apple em um PC. O primeiro deles, inclusive, foi brasileiro. O Unitron Mac 512, de 1988, era um clone do Macintosh 512K. A Apple ficou realmente aborrecida e o hackintosh brasileiro nunca foi comercializado.
Hoje, a ideia de rodar o Mac em PCs é muito defendida por usuários que precisam de recursos exclusivos, ou mais eficientes, no sistema da Apple em seus computadores, mas não fazem questão de comprar um computador da Apple. Há quem coloque o OS X em dual-boot em máquinas com o Windows ou Linux.
Sobretudo, há quem adote o Hackintosh por querer ter um controle maior sobre o hardware. Em alguns casos, os pacotes da Apple podem não ser interessantes. Daí nasce a ideia de montar um computador que una hardware específico com o sistema operacional comum dos Macs.
Outro fator comum é o preço: computadores da Apple costumam ser razoavelmente mais caros que equivalentes de outras marcas e voltados, primeiramente, ao Windows/Linux.
Como faz?
Em 2005, a Apple abandonou os processadores PowerPC e resolveu usar soluções da Intel. Isso aproximou os Macs dos PCs e deu margem para adaptações do Mac em computadores comuns.
Ao longo dos anos, a comunidade de pessoas que se dedica a essa arte cresceu muito e o que era extremamente difícil e complexo há alguns anos, hoje é muito mais fácil. Há extensa documentação sobre a prática na Internet para orientar os curiosos que resolvam testar o OS X em seus PCs.
Mesmo com a maior disponibilidade de material sobre este tipo de hacks, fazer um hackintosh funcionar ainda é uma arte que demanda bons conhecimentos sobre hardware. Não são todos os chipsets, placas-mãe, processadores, placas de vídeo e tantos outros periféricos que aceitam o Mac OS X.
Para se aventurar, você precisa estar ciente de que estará quebrando patentes, na mesma medida em que se quebra quando realiza-se jailbreak, bem como conhecer a fundo o hardware dos Macs que pretende emular e ter bons conhecimentos de inglês, hardware e a miríade de drivers compatíveis ou não com o sistema da Apple.
Apesar de preços e pacotes fechados, se você precisa de um Mac OS X, não é aventureiro e não tem muito conhecimento sobre hardware, investir um pouco mais é a solução para entrar no mundo da maçã pela porta da frente.
Via:
TechTudo